Bom, depois do baita time que a gente apresentou na sexta passada ainda tem muitas mulheres incríveis por vir.
A escolhida de hoje já está há muitos anos na carreira, mas não tem muita visibilidade e reconhecimento aqui no Brasil. Como a gente escuta pouco músicas dos nossos países vizinhos e de outros países latino americanos, né?
Ana Tijoux é uma cantora franco-chilena, seus pais são chilenos, mas ela nasceu na França durante o exílio deles no período da ditadura de Pinochet.
E o começo de sua história também define o ativismo nas letras da rapper que trata de temas como pós-colonialismo, feminismo, ambientalismo e justiça social.
No ano passado (2019) em meio as manifestações sociais que ocorriam no Chile, Tijoux compôs a música “Cacerolazo”, em português ‘panelaço’, que traz ao fundo sons de panelas e colheres e que reivindica a renúncia do presidente Sebastián Piñera.
Llegó la revuelta y el cacerolazo >>>
Em seu terceiro álbum chamado “Vengo”, Ana Tijoux que enxerga o machismo como mais um sintoma do capitalismo canta a faixa “Antipatriarca”, batendo de frente contra o sistema patriarcal “Não vou ser aquela que obedece/ Porque meu corpo me pertence/Eu decido meu tempo”.
Se você ainda não está amando essa rapper e tudo que ela representa aperta o > para ser convencida >>>
A faixa mais recente da cantora (lançada em julho de 2020) conta com um clipe divertidíssimo cheio de gatíneos de todas as formas, cores e expressões possíveis. A música “Pa Qué” fala sobre sermos resistência em tempos de quarentena, alerta ao fato de que estamos em casa, mas que não estamos dormindo, que ‘continuamos a tecer as redes’.
A descrição do vídeo termina com essa pedrada “Somos milhares e a solidariedade nos torna um. Por que começar a dançar? Para recuperar o espaço.”
Bora começar a recuperar esse espaço?
Foto da capa: Reprodução/Youtube