Antes da estreia eu já estava ansiosa para assistir esse filme, o recém lançado “Moxie: Quando as garotas vão à luta” na Netflix.
Baseado no romance escrito por Jennifer Mathieu, a história retrata a vida de uma adolescente de dezesseis anos (Vivian) que começa a dar-se conta de que algo de errado não está certo em seu ambiente escolar.

Nesse meio tempo, entra a música “Grains of Salt” de uma banda de indie punk rock chamada Tacocat, que aborda temas feministas usando humor e sarcasmo em suas letras e é definida nos comentários, pelos próprios fãs, como uma-banda-que-não-se-preocupa-com-nada.
E é essa a sensação que a gente tem nesse videoclipe cheio de performances maravilhosas de um baita time de drag queens >>>
De volta ao filme, Vivian conversa sobre esse desconforto com sua mãe, que em alguns momentos do filme aparece usando a camiseta da banda Sleater-Kinney, e esta comenta que em sua adolescência ela e as amigas protestavam sobre tudo e faziam parte do movimento Riot Grrrl (em breve uma matéria), e a partir de então Vivian entende que tem uma missão.
Nenhuma música melhor para capturar a essência rebelde de uma jovem adolescente em uma jaqueta de couro do que o hino “Rebel Girl” da banda “Bikini Kill” >>>
Nesse momento, Vivian tem a ideia de criar seu próprio zine (uma obra com texto e imagens reproduzida com xerox) e distribuí-lo secretamente no banheiro feminino.
O seu primeiro zine é criado ao som de “Green Light Red Light” da banda TopLady >>>
Avançando um pouquinho mais no filme, que embora seja uma reverência ao punk rock feminino, também traz outros estilos em sua trilha sonora como a faixa “Kitana” da rapper Princess Nokia.
A música é tocada ao fundo no momento em que as adolescentes saem em defesa de uma das meninas que havia sido advertida pela diretora por conta da roupa que usava. A mesma diretora que em outro momento do filme afirma que “assédio é uma palavra forte”.
Uma curiosidade da faixa “Kitana” é que ela realmente foi inspirada na personagem do Mortal Kombat. E isso é o que acontece quando as garotas vão à luta >>>
Muitas músicas depois (a trilha sonora é longa e incrível), eu não podia deixar de incluir uma. No final do filme, enquanto rola uma sequência de dança, vem a surpresa: a música da banda brasileira “Cansei de Ser Sexy” que bombou lá em meados dos anos 2000, chamada “Alala”. Aí eu já tava em casa >>>
Foto da capa: Foto do Bikini Kill via Flickr / brads651